sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Entendendo as adversidades

            Muitos de nós crescemos em lar cristão, outros não. De qualquer forma, muitos pais procuram manter seus filhos longe da maldade e frieza do mundo, de modo a fazê-los se sentirem seguros e protegidos de toda adversidade que existe. Alguns pais, todavia, protegem tanto seus filhos a ponto de estes não terem uma visão crítica do mundo e acabam por serem pessoas exageradamente ingênuas, como se todo mundo fosse bom e não houvesse maldade humana.
            Ao contrário do que muita gente de pensamento otimista pensa, a maldade reina lá fora. Isso não quer dizer que todas as pessoas são más ao ponto de matar por causa de um empurrão. Todavia, é tolice agir como se tudo fosse flores ou algodão doce.
            O apóstolo Paulo nos informa quanto à natureza humana. No capítulo três de Romanos, o apóstolo nos diz que a mente das pessoas está corrompida. Do coração do homem saem mentiras, veneno, morte... e isso tudo porque este vive longe de Deus, porque Adão, utilizando sua liberdade, resolveu pecar e ir contra a vontade de Deus. Daí em diante, o caos entrou no mundo.
            De onde vem tanta maldade? Os nossos irmãos evangélicos carismáticos, aliás, grande parte deles, atribuem tudo que acontece de mal ao Diabo. É claro que ele é o pai da mentira (Jo 8.44) e ele teve sua parcela na entrada do mal no mundo (Gn 3.14-15), e ele tem sua parcela no que há de ruim até hoje (1Pe 5.8). Mas a questão é que do coração do homem flui o pecado sem a necessidade de uma ação ativa de Satanás. O ser humano tornou-se pecador e é inclinado para o mal por si só (Rm 1.24-25).
            Como agir diante das diversidades da vida? Eclesiastes 8.11 nos diz: “Visto como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal”. Como salvos por Cristo e resgatados por ele das garras do nosso arqui-inimigo, precisamos ter uma mente esclarecida diante de todas as desigualdades que há no mundo.
            Em Provérbios 6.12-19, vemos que o Senhor abomina a perversidade. Os versos 16 a 19 nos dizem:
16Seis coisas o Senhor aborrece,
e a sétima a sua alma abomina:
17olhos altivos, língua mentirosa,
mãos que derramam sangue inocente,
18coração que trama projetos iníquos,
pés que se apressam a correr para o mal,
19testemunha falsa que profere mentiras
e o que semeia contendas entre irmãos.

            Deus não se alegra com todo o mal que há no mundo. Nosso papel como cristãos é fazer a diferença. Nós somos o sal da terra (Mt 5.13) e, como sal, precisamos conservar o mundo e tentar evitar que o mal se alastre cada vez mais. Um dos papéis da Igreja é conter o pecado. Além de sal, somos luz do mundo (Mt 5.14-16). Como luz, precisamos ser guia para as pessoas. A luz do farol dá direção aos navios, e assim devemos ser nós: mostrar qual é o caminho santo e verdadeiro através da nossa vida.
            Devemos encarar as injustiças da seguinte forma: o mal existe, pessoas más existem, mas Deus nos salvou e quer que sejamos exemplos para tais pessoas. Precisamos entender que nada foge do controle do Senhor e que tudo coopera para o bem daqueles que o amam (Rm 8.28).
            Agradeça a Deus pelo bem que ele fez a você lhe resgatando da cegueira e da perversidade. Confie no Senhor, ciente de que ele está ao seu lado e está no controle de tudo, mesmo que, aos nossos olhos, tudo pareça ir de mal a pior.


Sem. Christofer F. O. Cruz

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